sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Nova Constituição angolana reforça poderes do Presidente
sábado, 16 de janeiro de 2010
Um caldeirão fascista efervescente em Itália e no Mundo...
Compreender as estruturas de dominação do homem pelo homem, a sua ligação intrínseca aos legados fascistas e a imposição “destrutiva” de uma condição humana fragmentada e dividida faz-me olhar para os tumultos de imigrantes em Itália como uma consequência final de um “lóbi neo-fascista” profundamente xenófobo que vem minando muitas consciências alienadas. Importa que a esquerda olhe para Itália e saiba encontrar mecanismos de luta e cooperação nacional e internacional contra o ressurgimento dos legados fascistas brutalmente opressores e xenófobos e que tenha a ousadia de reviver a memória.
Em Rosarno no Sul de Itália, a partir de terça-feira dia 17 a cidade ficou “branca”. Isto porque foram evacuados os 2500 africanos que ali se dedicavam a actividades agrícolas, que eram explorados numa condição de quase escravatura. Nesse dia um grupo de jovens Italianos disparou contra dois trabalhadores negros que iam ao supermercado – desde já é possível concluir que a reforma xenófoba que Berlusconi levou para a educação, infelizmente, está a dar frutos –, dando origem a um motim racial como já não se via há anos (desde a segunda Guerra). Isto só por si quer dizer muito, significa que cada vez mais se está a perder a memória colectiva da 2ª guerra mundial e isso é perigosíssimo.
Ao fim do dia, dezenas de trabalhadores africanos ocuparam estradas e protestaram contra os ataques raciais e a profunda exploração a que estavam submetidos, a título de exemplo dezenas de imigrantes viviam numa velha fabrica de azeite sem água electricidade ou camas e trabalhava 14 horas por dia… Os protestos radicalizaram-se e arremessaram-se pedras, caixotes, viraram-se automóveis… A isto deu-se uma resposta popular com a constituição de várias milícias que promoveram uma verdadeira “caça ao negro”.
Os slogans das milícias são bem elucidativos da “explosividade” da situação: “Qualquer preto escondido em Rosarno deve ir-se embora”, “se vos encontrarmos matamo-vos”. Não foram simplesmente ameaças porque uma casa rural de imigrantes foi incendiada com gasolina… Houve tiros e feridos, quase todos subsarianos.
A autoridade estatal chega e evacua à noite quase todos os negros para outras cidades do Sul e o incontornável ministro do interior Italiano afirma que os motins são fruto “de anos de excesso de tolerância”. Não referiu se essa tolerância tem a ver com o compadrio e a inércia perante os grupos mafiosos que se aproveitam dos imigrantes no sul de Itália ou se tolerância tem a ver com os supostos excessivos direitos dos negros: pela sua linha de actuação, a dedução é simples.
Este motim racial não nos pode passar ao lado, esperando outros acontecimentos para mais tarde pensarmos em fazer alguma coisa. Este motim é antes de mais um aviso.
João Mineiro
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Há uns tempos no rescaldo de uma conferência na Universidade da Beira Interior, um professor de ciência política comentava comigo: o que será da Europa quando se perder a memória colectiva da segunda guerra mundial, das suas causas, consequências, das suas lições. É cada vez mais importante fazer essa ligação. A perda, que se vem acentuando, da memória colectiva das lições da segunda guerra mundial faz com que este tipo de motins recomece a acontecer.
É aqui que a esquerda entra, ou devia entrar. Terão de ser encontrados mecanismos internacionais de resposta às ofensivas neo-fascistas, de oposição às reformas xenófobas e de reavivamento da história. Neste caso, a inoperância pode levar ao pior. Já está a levar com o ressurgimento de movimentos fascistas e nazis assumidos – em Portugal a Frente Nacional -, mas pode levar ainda mais, caso comece a haver uma aceitação social generalizada por eles produzida que tornam por exemplos os imigrantes como bodes expiatórios de todos os problemas, isso parece-me que já vai acontecendo.
É urgente um pensamento colectivo sobre isto, é pensar o presente pensando o passado, e pensar o passado pensando o futuro.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Alegre à la carte
Manuel Alegre volta a ser o prato do dia nos cardápios da esquerda portuguesa. Deixem-me dizer que a alusão culinária não é, antes de mais, nenhuma pretensão de igualar as prosas bem temperadas e os pensamentos recheados de referências a anfíbios esverdeados ( que, ao que parece, são um acompanhamento ao qual não podemos fugir quando o prato é Alegre) que muito se tem visto e lido por outras paragens. Não, a alusão a qual não consigo fugir quando me confronto com a escolha de Manuel Alegre é a da mesa do restaurante, onde indecisos, com o empregado ao nosso lado em toques de caneta impacientes, nos dividimos entre o prato que é o mais saboroso e apetitoso, embora mais caro e que traz a certeza de azias noturnas, e o prato insípido, sem sabor mas seguro na digestão. Manuel Alegre parece-me, por agora, ser o segundo.
Primeiro, será uma candidatura com efeitos controlados no pós-eleições visto que perderá, deixando pouco espaço à imaginação sobre as consequências de um Alegre Presidente com Sócrates a tudo fazer na altura para fazer cair o governo na busca da maioria absoluta à esquerda. Depois o PS parece arrancar tarde, sendo difícil a Sócrates disfarçar o efeito de arrasto caso apóie Alegre, abrindo um campo de disputa política à esquerda do PS que, mais tarde, muito mais o Bloco do que o PC poderá ganhar. Assim, é certo que para nós, nas Presidenciais, trata-se muito mais de engolir do que degustar, mais ultrapassar do que ganhar. Pois, sendo inegável que seria um deleite ao paladar sentir a candidatura de um Carvalho da Silva ou F.Louçã, receio muito que os resultados seriam amargos, azedando mesmo muitas refeições futuras.
Há, porém, dois condimentos variáveis nesta receita até agora arriscada. Um PS dividido, com Alegre correndo por fora, o que seria divinal. Ou um Alegre (e BE) a deixar-se comer pelo PS, com uma ausência de programa e alternativa credível, construindo a imagem de um Sócrates de esquerda em distinção com o PSD e destruindo a maior conquista da esquerda na última década, que foi precisamente desmascarar essa oposição. Ora isso, seria intragável e não haverá Kompensam ou Eno que ajude. A ver vamos, mas insistindo na alegoria, há uma frase do jocoso Milôr Fernandes que insiste em martelar, “Certas coisas só são amargas se a gente as engole”.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Irredutível
"A indignação é apenas um começo. Uma maneira de se levantar e começar a caminhar. Indigna-se, revolta-se e depois se verá. É preciso indignar-se apaixonadamente, antes mesmo de descobrir as razões dessa paixão." (Bensaid, em "Os irredutíveis")
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
AMANHÃ ide lá tod@s: 35 anos depois, as feministas voltam ao Parque Eduardo VII
Por isso, no dia 13 de Janeiro [amanhã] estaremos lá, de novo! Connosco estarão algumas das protagonistas da época. Queremos assinalar este local como um dos futuros pontos dos Roteiros Feministas na cidade de Lisboa.
Apelamos à presença de todas as pessoas que querem evocar um feminismo que foi silenciado, mas que procura romper barreiras nos tempos actuais!
Aparece com uma peça de roupa roxa, às 12h30, no canto superior direito do Parque Eduardo VII, junto ao nº 28 da Avenida Sidónio Pais [em Lisboa]. Vamos colorir o Parque de roxo, ouvir as histórias das feministas que se manifestaram naquele local em 1975, e conviver ao som de música feminista!
domingo, 10 de janeiro de 2010
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
off-topic, sorry : )
Olha que faço greve como tu fizeste nos primórdios deste blogue :p
Abraço grande camarada e vai mostrando que estas vivo e rijo ;)
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
domingo, 3 de janeiro de 2010
sábado, 2 de janeiro de 2010
You cut them off!
Esta palestra insere-se num debate com Alex Callinicos no Marxism 2009. São 40 minutos, mas todos muito interessantes :)