sábado, 28 de fevereiro de 2009

Destino II

São incríveis estas coincidências do destino: a intervenção de Sócrates sobre o cabeça de lista às europeias deu-se precisamente às 20h04 mesmo na abertura dos telejornais.
Há coisas fantásticas não há?

Não percebem nada de electricidade… mas em marketing político sem dúvida que são catedráticos.

campanha negra...

Pois é pessoal, infelizmente faltou a luz no pavilhão de Espinho onde decorria o Congresso do PS, e os trabalhos tiveram de ser cancelados
Isto leva-me a uma conclusão: um partido que não consegue gerir a electricidade de um pavilhão é normal que não consiga gerir um país.
Deve ser esta a verdadeira campanha negra ao PS :)

Expresso da Meia-Noite e Congresso PS

ÀS 4h45 na SIC NOTÍCIAS...
"Sócrates é uma mistura de Calimero e Capitão América"
"O PS sofre aqui duma grave esquizofrenia"
"Sócrates tinha que ir a Cimeira mostrar que se preocupa mais com os portugueses do que com os militantes do partido"

...16h depois na TVI
"Qualquer criança que nasça em Portugal, preta, branca, amarela, (...) às pintinhas"
"Vital Moreira que tinha sido convidado para o Roda Viva TVI24 enacbeça a lista PS às Europeiras"
"Portugal precisa é de mais Sócrates"
"O programa tanto da esquerda como da direita é tentar que o PS não tenha maioria absoluta"

O Vital Moreira

Entrou e começou com aquela vozinha: PS, PS, PS...
E as televisões deixaram-se levar e passaram todas esta banhada!

Manipulação da Verdade...

Poderíamos regressar ao século das luzes (XVII) para encontrarmos o fundamento jurídico dos três direitos básicos a que o ser humano tem direito -liberdade, igualdade e felicidade: Tanto nas ideias de Rousseau, Montesquieu, Voltaire, Locke, Diderot e D'Alembert, Descartes, tanto em documentos como a Declaração da Independência dos EUA ou a primeira constituição Francesa (do período revolucionário) … Mas onde se encontra o maior fundamento e coerência é sem dúvida no movimento social Francês: O Povo – camponês, operário, agricultor, artesão -, movia-se pela igualdade pelo fim do privilégio de classe e pela livre opinião, pelo fim da contínua opressão de uma classe privilegiada sobre outra – o Povo.
Senti-me obrigado a fazer esta análise. A verdade é que os tempos mudaram e hoje a questão da igualdade não se coloca meramente à condição de nascimento, que embora ainda aconteça não é tão comum nem aceitável, mas sim às novas realidades, formas de ver o Mundo, a Vida e o Homem.

Por outro lado, não podemos refutar que uma sociedade sem trabalho não se consegue desenvolver, muito menos promover a igualdade: se há um grupo que trabalha e outro que não então não estamos em pé de igualdade de oportunidade…
Mas, ainda sobre igualdade e trabalho há mais que se diga: a propósito das novas questões sociais em discussão na sociedade portuguesa – casamento e adopção homossexual, eutanásia -, importa antes de mais acabar com a hipocrisia do argumento: “com tanto desemprego não nos deveriamos preocupar com o casamento gay e a euntanasia".

Este argumento é totalmente incoerente e estúpido: um governo não se consegue preocupar numa legislatura só com o desemprego porque as suas ares de influência são enormes…

Agora eu pergunto o seguinte: existe algum critério que diga: Por se resolver uma questão de liberdades, direitos e garantias (casamento e adpção homosexual e eutanasia), não se pode resolver as questões do desemprego e do subemprego? Que eu saiba... NÃO! (ponto).

Este argumento está totalmente envolto num preconceito atroz… e é simples: “eu para não mostrar os meus argumentos conservadores e preconceituosos sobre esta matéria aplico o argumento de que há outras prioridades, e dada a relevância dessas novas oportunidades fico com um argumento bem consistente.
Importa então clarificar para que esses manipuladores da razão e do conhecimento humano não nos influenciem.

O Governo está divido em áreas de intervenção – ministérios, que por sua vez têm responsáveis específicos para tratar dos assuntos;
Ou seja combater a discriminação aos homossexuais legalizando o casamento; Dar uma oportunidade de AMOR E FELICIDADE a uma criança órfã por um casal homossexual; Dar a liberdade de viver ou morrer aos doentes em fases terminais sem possibilidade de cura; Não invalidade, em NADA ABSOLUTAMENTE NADA, a implementação de políticas de emprego – de fixação de empresas e serviços, de combate ao trabalho precário…
As políticas de emprego dependem de uma única coisa: delas próprias.

E portanto – afirmo, reafirmo, definido e redefino -, é perfeitamente compatível a implementação de uma política de promoção de liberdade e igualdade aos homossexuais e aos doentes em fase terminal com uma política de emprego, fixação de empresas, combate à precariedade e de diminuição do custo de vida.
Este argumento não passa mais de conservadorismo que quer iludir, com todas as letras, servindo-se naturalmente de uma falácia…

Não nos deixemos enganar: temos a razão no nosso lado!

o destino...

Desta vez não venho falar muito do PS, porque as críticas que tenho a fazer ao actual Congresso são as mesmas que fiz entre o este e o ultimo: o Congresso é uma retrospectiva em certo ponto.
Embora este traga algumas coisas novas – lá iremos…

Desta vez faço uma pequena crítica deixando uma pergunta retórica no ar:
Como é que é possível que a intervenção de José Sócrates tenha sido às 20h10 precisamente na hora de abertura dos telejornais?

Fantásticas coincidências… e ainda por cima o presidente do PS, que nada de muito novo disse, falou antes da abertura dos jornais.
Fantástico como espontaneamente a organização do congresso fez colidir a intervenção de Sócrates com o início dos telejornais.

Será que irá acontecer o mesmo com o encerramento?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Subprime, subprime! You're on candid camera...

Taxa de desemprego da zona euro sobe para o nível mais elevado desde Setembro de 2006
[...]
Para quem pensava que o desemprego estaria controlado com os pacotes de estímulo económico que estão a ser implementados um pouco por toda a Europa estes dados agora divulgados vêm refutar essa ideia.
Na sequência do colapso do “subprime” (crédito de alto risco) de Setembro nos EUA e das crises financeira e económica em curso é de prever que o desemprego seja a próxima dor de cabeça para políticos em todo o mundo desenvolvido e em vidas de desenvolvimento.

Economia|Público

Pois é: o que está a ser feito por cá e pela Europa não chega e 'a coisa' não vai lá com choques tecnológicos, nem estradas, nem pontes, nem contratos verbais, nem pacotes capitais a bancos...
É preciso uma reforma no sentido construtivo do termo para as medidas económicas, sociais e de emprego, incluindo limitações e proibições de despedimentos em variados casos e pacotes de incentivo em áreas como a saúde, energia, pequeno comércio e empresariado, agricultura e florestas (esquecidas de há anos a esta parte) e repensar, em profundidade, a reforma da segurança social e da educação, e 'detalhes' que vão andando ao vento como o comércio internacional e a imigração.
E se houver mais Europa, em vez de referendos, que seja um mega-pacote integrado duma Política Comum de Emprego, Assistência Social e Saúde. Auch!

Recomenda-se com urgência, e agora que brilha o sol, aquela típica e mediterrânica limpeza de Primavera.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Não ligo muito a futebol, nem costumamos abordar muito o assunto, mas sofrer 5 e sair-se com esta, é brilhante.

Por seu lado, o guarda-redes Tiago, que poucas defesas teve de fazer, também lamentou o pesadelo: "Tive pouco que fazer, pois cada vez que eles lá iam marcavam".

Faz-me lembrar o Marco Fortes.

Novela da Política Portuguesa...

Deputado - Senhor primeiro-ministro: Há alguma razão económica do interesse público para darem um premio de 62 milhões a Manuel Fino?

Primeiro-ministro – Senhor presidente, pedia que em matéria fiscal fosse o ministro das finanças a responder;

Ministro das Finanças – Senhor deputado: O Estado não tem nada que se meter nas acções da Caixa Geral de Depósitos. O Estado é a tutela mas não interfere com as decisões da administração da caixa.

Primeiro-ministro – Sabe senhor deputado já que fala em Caixa deixe que lhe diga que o estado deu orientações especificas à caixa para ajudar as PME´s.

Fantástica esta novela: Ora o Estado não pode dar qualquer indicação ao banco publico por ter sido atribuído um premio de 62 milhões a Manuel Fino. Mas de ao mesmo tempo já pode dar orientações específicas e praticas para a Caixa apoiar as PME´s.
Duvidas no ar: pode ou não o Estado pedir esclarecimentos e dar orientações à caixa sobre determinados assuntos?

É que com esta novela toda dá a entender que para mostrar serviço o estado responsabiliza-se pelas acções da caixa no apoio às PME e para não mostrar incompetência o Estado demarca-se da atitude da Caixa de oferecer um premio de 62 milhões ao empresário Manuel Fino.

Sem dúvida: transparência e rigor!

Este país é digno de um estudo ciêntifico aprofundado...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo...

... a melhor frase curtinha que encontrei até ao momento foi do Rui Tavares (numa sua twittada, há uns dias atrás): "Aceito um referendo ao casamento gay se houver outro [referendo] ao casamento em geral. Com voto secreto, ainda dá surpresa."

do que te envergonhas, Zé Manel??

a meio de pesquisas várias que eu andava a fazer na net, fui dar à Comissão Europeia [CE]. constatei que cada comissário [perdi-lhes a conta, mas são mais de 20...] tem um gabinete imenso (burocracia comunitária oblige)...

mas o que me levou a fazer esta posta nem foi o tremendo enjoo por me dar conta de toda essa gigantesca corja parasitária de chefes de gabinete, secretári@s, assessor@s, conselheir@s e quejand@s europeístas, mas antes uma (grande) surpresa (minha) ao ler o perfil do Presidente da Comissão, o Zé Manel: a sua carreira política começou em 1980, quando aderiu ao Partido Social Democrata (PSD).

afinal do que te envergonhas, camarada Zé Manel?? serás "o reflexo da crise do sistema de ensino burguês"?? será que tu mesmo tomaste alguma "medida essa que é inteiramente incorrecta, anti-operária e anti-popular que lança estudantes contra trabalhadores e trabalhadores contra estudantes"?? ó Zé Manel, ó Zé Manel... tem lá calma, é Carnaval e certamente ninguém na CE levará muito a mal o passado (escondido!!) de militância maoísta do camarada Zé Manel no [ainda maligno] MRPP...

um pequeno bónus... :PSD! :PSD!

(re)construção.

Por muito pouco que mude em política externa, alguma coisa já está a mudar !

Casamento entre pessoas do mesmo sexo

Três urras para o Sean Penn!
Três (s)urras para o PS!

pornográfica é (e tem de ser) a corrupção, o corpo humano é (e deve ser) algo absolutamente natural... em Braga parece que tudo isso é ao contrário!!!

para alguns arcebispais agentes de autoridade parece que «A Origem do Mundo» [nas capas duns livrinhos sobre pintura] lhes foi muito incómoda... pensava eu que (em pleno século XXI) já não houvessem quaisquer realistas pruridos deste jaez com as pinturas de Courbet (ou quaisquer obras de arte [ou nem isso] com nus).
como se já não nos tivesse bastado o mui zeloso episódio do Ministério Público [com as imagens de mulheres (nuas?) numa alegoria ao computador Magalhães, no Carnaval de Torres Vedras], ontem 3 agentes da autoridade [e também da moral e dos bons costumes??] "elaboraram um auto no qual afirmam ter apreendido os livros por terem imagens pornográficas expostas publicamente"... bem sabemos que tudo se passou em terras do senhor cónego Melo, mas seria bem mais importante essas forças policiais agirem em casos de manifesto mal-fazer para a sociedade (no seu todo) do que andarem a preocupar-se com imagens de nus em capas de livros!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

quem disse que o crime não compensa?? ou aquilo foi afinal mera brincadeirinha de Carnaval??


O administrador da Bragaparques, Domingos Névoa, foi condenado hoje ao pagamento de uma multa de cinco mil euros por corrupção activa para acto lícito. Em causa está uma tentativa de suborno ao vereador da Câmara de Lisboa José Sá Fernandes, para que desistisse de uma acção penal por contestação do negócio de permuta dos terrenos do Parque Mayer, pertencentes à Bragaparques.

o melhor da noite d@s Óscares...

na noite passada, Dustin Lance Black e Sean Penn ganharam dois dos óscares mais importantes: melhor argumento original e melhor actor, com o «Milk». ambos, no seu acceptance speech, não deixaram de frisar o caso do direito ao casamento por pessoas do mesmo sexo [e o retrocesso acontecido na Califórnia em Novembro último].

os vídeos do acceptance speech de Dustin Lance Black e Sean Penn...


... todos os espaços e oportunidade são úteis para se divulgar e continuar esta batalha política!

"se houver alguém que não queira: traz outro amigo também"

Vivem-se tempos conturbados, de agitação social e política: a causa da crise financeira, económica e social foi apresentada nua e crua aos povos do Mundo…
Os roubos, escândalos, as redes e as negociatas nas entrelinhas, os pactos entre reguladores e regulados e a hipocrisia de quem não se preocupa um mínimo que seja com a vida dos outros são a principal arma que a esquerda de hoje tem para combater e denunciar um sistema podre que à muito se mostra ineficaz para unir ética e moralmente pessoas, combater desigualdades, promover um desenvolvimento sustentável e promover a paz mundial.

Nunca o podre desse sistema esteve tão visível… e nunca tivemos uma conjuntura de mudança como agora.
Até os ex – defensores dos offshores vêm hoje levantar-se contra eles… não passam de meras intenções (para já), veremos no futuro.

Esta chacina capitalista e imperialista esta em decadência e nunca ouvimos tão boas recepções sociais a termos como “nacionalização” ou “socialismo”. Nunca tivemos uma conjuntura que torna-se tão actual propostas como o imposto sobre as grandes fortunas, o fim do sigilo nas movimentações monetárias, o fim dos offshores ou a nacionalização dos sectores estratégicos e essenciais às pessoas.
Mas perante o clima de contestação que se vive em toda a Europa onde se acenderá o rastilho?

Vemos grandes contestações mas quase todas isoladas sem um fio condutor:

Tivemos a Grécia com estudantes, precários, desempregados a sair às ruas;

Em França temos um movimento de esquerda unitária em greve com adesão da classe trabalhadora;

Temos em Irlanda, mais de cem mil em manifestação e a ameaçar greve;

São estes três grandes exemplos da nova luta que se trava. Uma luta unitária, de estudantes, trabalhadores, desempregados, precários – é esta a nova luta a que a esquerda não fecha nem pode fechar os olhos e é com ela que a nova esquerda cria a refundação de um projecto político capaz de mudar de paradigma social e político que nós vivemos e que nos remete a um futuro negro, cinzento e a fazer de realidades pobreza, as desigualdades, a precarização e a opressão das minorias, realidades que temos de aceitar impávidos, serenos e conformados.
“Calados nos querem, rebeldes nos terão!”

Fuck the capitalism System!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Venham mais 3!















...E continuo a ter uma pessoa ao meu lado que canta "Passou, passou, passou um avião que na asa tinha escrito o bENFICA é campeão!".

Perdoai-os, sENHOR, não sabem o que dizem.

em Solidariedade com David...


No dia 1 de Setembro de 2001, David, na altura com 22 anos, teve um acidente de mota e ficou paraplégico.
Depois de lhe terem sempre dito que o estado dele era irreversível, em 2007, numa consulta em Guimarães, um médico cubano, disse-lhe que, em Cuba e com 6 meses de fisioterapia, voltaria a andar.

Apesar das dificuldades monetárias, que eram muitas, ela nunca desistiu e conseguiu apoios necessários para o levar a Cuba, para as primeiras quatro séries de tratamentos, de onde voltou, no dia 6, ainda em cadeira de rodas mas muito melhor do que estava ao partir.

Agora falta só mais um pouquinho de trabalho para o sonho dele se tornar realidade, mas a dificuldade é de novo o dinheiro para continuar o tratamento em Cuba.

Por favor, visitem http://saozita53.hi5.com

Procurem no Google por David Miguel Vicente
e no Youtube por David em Cuba.

Ajudem como puderem...nem que seja a passar a mensagem aos vossos amigos.

Se o nosso país tivesse cumprido o seu dever não tinha havido necessidade de ter ficado 7 anos sem tratamento e as 8 horas diárias de fisioterapia que lhe fazem em Cuba, poderiam ter sido feitas cá e ele já seria autónomo há muito tempo.
Desculpem ocupar um tópico com um assunto prticular, mas é a falta de apoios que a isto me obriga.


Contacto - 931603359

Email - luval@netcabo.pt, luisa.valadares@gmail.com

O NIB do David é 003503730000047190075 - David Miguel Reis Vicente

Deus Humanista

Agora que penso neste espaço online reparei que ainda ninguém colocou um poema…: e porque não?

A minha mãe é catequista, apesar de ser crítica em relação à Igreja (influências caseiras), mas a minha mãe uma vez questionou-me sobre o que seria deus (com letra minúscula) para mim comparando ao que é para outras pessoas – para a sociedade em geral.
Eu decidi escrever um poema não só sobre a minha visão sobre essa força superior, que pensa existir (mas que não acredito) mas também sobre aquilo que podemos fazer dela, mesmo não acreditando minimamente que ela possa existir…
Isto é:


Deus Humanista (a consciência)

Omnipotente e omnipresente…
na minha quotidianidade
Serei seu eterno crente
porque ele é a intemporal verdade!
Não se esconde do Mundo
Para não revelar a sua verdadeira identidade…
…porque o meu Deus é visível…
para Ateus, Cépticos e quem vive na incredulidade.

O meu Deus apoia! Resolve! Interioriza!
Dá tudo o que pode!
Até o que ele mais precisa…

Eu acredito no meu Deus
Elucidou-me o preconceito…
A ele desejo tudo
Pois ele a tudo tem direito!

Inexplicável! Único! ele carrega Harmonia
E quando o Sorriso morre…
… é ele que me devolve a alegria!

Ele não assimila
descrenças, hipocrisia, tacanhez e impureza
Pois a Verdade, Paz e o Pacifismo
são o pão que me põe na mesa!

O meu Deus é primeira pessoa!
O meu Deus sou eu!
Pois eu acredito em mim…
… e não na invisibilidade de algo que nunca apareceu.

O meu Deus, é o teu Deus
Esta foi a verdade que eu escrevi…

… se precisares do teu Deus
Procura a consciência dentro de ti!


PS – Simplório mas sincero :)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Perde-se no Benfica, ganha-se no Bloco...

... brincadeira(s) com Política e Futebol, faltam aqui as construtoras? Não!

Mas este triângulo foi um dos atacados num anterior relvado autárquico pela nº 2 da lista do BE às europeias, Marisa Matias. Poupemo-nos aos habituais despropósitos estéticos e aburguesados dos comentários - na expressão macho-paternalista - às meninas do bloco (ou em qualquer 'jogo' político, diga-se de passagem) e saibamos que a escolha pouco linear deste nome e do seguinte Rui Tavares - além de Alda Sousa, Timóteo Macedo e José Goulão - tem um significado estratégico, a partir de fora e não de dentro:
BE como 3ª força política nacional, a sua lista às europeias renovada de importância, a consistência da lista enquanto equipa de trabalho no Parlamento Europeu e a força dos temas de trabalho dos seus constituintes, habituais ou surpresa: ambiente, saúde, imigração, políticas públicas.
Pessoalmente é aqui que se devem ter os pontas e os defesas centrais, no doubts.
Parecendo a resposta fraca à dimensão intra-organizacinal, trata-se dum statement forte à dimensão supranacional.

As Chaves, O Santo e A Caverna (ou AFIA me e é se queres)

Não é um filme novo muito menos um do Fantas.

É um Sábado de Sol e um Sábado de Público...
Eu só queria um Albarran a anunciar isto: tenham medo, tenham muito medo!

José Socrátes inspirado nos moldes da Convenção do BE pensou instrospectivamente "quem é que eu podia convidar assim para o Congresso do PS, vá que fosse assim uma figura de peso e lembrasse qualquer coisa de mim?" e lembrou-se dos momentos idos em que rolaram na relva em busca dum buraquinho preto para a GALP. Chávez al Congresso ya!

Para nos distrair disto bem como dos headlines freeporenses vem uma santa notícia de sua Altamente Majéstica Eminência sobre a canonização de Nuno Álvares Pereira, não a 25 de Abril, não a 25 de Novembro mas a 26 de Abril, com a qual Excelsa Presidência se congratulou (vá lá e não me digas que vinha no postal pré-formatado, digitalmente assinado do Mr. Obama que estranhamente era igual ao de Sócrates).

Para seguir na onda do drama e do horror, Pachequito diz que estamos numa caverna de costas para o saber e de trombas para a insídia. Estar na Caverna não duvido que seja o estado da arte actual mas com ele? Será que o Chávez e o Álvares Pereira também? Isso dá-me medo, e não é pouco, é muito, bastante!

As Chaves, O Santo e A Caverna ao som de Starship ou para algo mais Portugal-Venezuela Economia | Público


Bem, isto tudo porque uma certa associação quer incentivos robustos ao sector
automóvel; por isso AFIA me e é se queres!
Aqui não há carros grátis, pensavas... não?

Desistir? Nunca!

Confesso! Eu sou uma pessoa extremamente xenófoba para com neo fascistas do século XXI…
Não consigo conceber uma sociedade, onde, em pleno século XXI ainda existem grupos de extrema-direita. Será falta de conhecimento Histórico, pura frustração psíquica, ou mesmo deficiência mental ou moral?

Não consigo perceber como há gente que defende regimes que torturaram e assassinaram mulheres, homens e crianças…

Infelizmente surgiu hoje mais um caso de ataques de grupos de extrema-direita a grupos marxistas. Desta vez em Itália onde foram atacados dois jovem da refundação comunista… triste!

Mas não pensem que isto só acontece aos outros.

Em Portugal a extrema-direita fascista, nazi, xenófoba, racista, cruel e desumana está a ganhar força… e que vamos fazer nós? Acomodarmo-nos à realidade?
Vamos deixar que eles ressurjam para acabarem com tudo o que andamos à anos a construir (um mundo novo)?
NÃO!
Camaradas, c´est la lutte finale qui commence !

http://accaoantifascista.pt.vu/

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

des(igualdade)

Esta semana apercebi-me que o número de casos de estudantes do superior da minha cidade a passar graves dificuldades estava a aumentar estonteantemente… Fruto não só da crise. Mas também na negociarização e da discriminação da Universidade.
Além dos apoios especiais que apenas chegam a 20 estudantes… Os estudantes começam a recorrer às doações de géneros alimentares do Banco Alimentar e a outras instituições.

O Reitor da UBI (Universidade da Beira Interior) afirma que vários professores quotizam-se para pagar as propinas a alunos e outros são fiadores de empréstimos que estudantes efectuam junto da banca para poderem estudar.
Empréstimos que se acumulam e acumulam extorquindo gravemente os estudantes com taxas de juro abusivas para quem estuda – ainda por cima no superior.
Não será por acaso que a UBI tem a maior percentagem de alunos bolseiros em Portugal (37% dos 5.800 estudantes).

Mas não é só a negociarização da Universidade que gera esta realidade. O que é facto é que apesar de ser uma Universidade instaurada no Interior do país continua a sofrer cortes orçamentais do poder central.
E note-se que não é uma Universidade de segunda… é uma Universidade a ganhar um grande espaço a nível nacional onde se especializam alguns dos melhores da aeronáutica e onde já existe faculdade de medicina.

E perante a importância que uma Universidade do Interior vai ganhando o poder central o que faz é prosseguir uma política errada de discriminação negativa em relação ao Interior, como se este não representa-se quase nada nem ninguém.
Inventem-se novas políticas que estas só nos destroem!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

"não invocar o nome do magalhães em vão"

Quem é que mandou o senhor presidente fazer uma atira com o menino de ouro do país? Agora não se admire com os faxes do Ministério Público

Viva a Liberdade Carnavalesca !

É Carnaval, ninguém leva a mal :)

Aula de Direito Constituicional

Uma Constituição serve para muitas coisas. Uma delas é para se ler. Artigos constituicionais que são anti-discriminação por orientação sexual:

Artigo 13.º(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Artigo 26.º(Outros direitos pessoais)
1. A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra quaisquer formas de discriminação.
(...)

Artigo 36.º(Família, casamento e filiação)
1. Todos têm o direito de constituir família e de contrair casamento em condições de plena igualdade.
(...)



Acho que, agora sim, estamos conversados, não?

Com que então não sou normal, hein?


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Sim. Faz sentido. Interessante que para mim a religião não é normal. Mas, pior que isso, não é natural que existam pessoas que digam atrocidades destas, por mais religiosos que sejam.
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Vou aqui deixar um testemunho em jeito de resposta:
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1 - A homossexualidade, sim, é normal, perdoe-me vossa excelência. Diferentes orientações sexuais são naturais, tal como eu gosto de manteiga e não gosto de paté. Com certeza existirão pessoas que gostarão somente de paté. Outras gostarão dos dois. E, quiçá, haverá aqueles que odeiam ambos.
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2 - Sim, um pai é diferente de uma mãe. Tal nem deveria ser posto em causa, sequer. Mas diga-me, ó inteligência suprema, então e aqueles que são criados sem pai e/ou sem mãe? Tornar-se-ão incapazes? Serão, por acaso, uns pré-destinados a serem uns inaptos sociais? Mais, da mesma forma que um pai é diferente de uma mãe, também eu pretendo divergir psicológica, emocional e fisicamente do meu/minha companheir@ futur@. Seja homem ou mulher.
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3 - Meu caro, a Bíblia não foi escrita por Deus, se é que tal entidade existe. Foi escrita por uma cambada de bêbados que gostavam de dar jantaradas com imensa gente e comiam até mais não. São tão normais quanto eu. Logo o que eles dizem tem tanto valor quanto o que eu digo. Talvez eu tenha mais, porque nunca andei a delirar atrás de um gajo de barba e sandálias completamente fora de moda, envolto num lençol branco e que tinha a mania que falava com o pai que tinha um chalé nas nuvens..
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4 - Alguém dê a este sujeito o estudo feito pelo Governo Belga que durou 2 anos (2002/2003) e que concluiu que "os casais homossexuais possuem todas as qualidades necessárias para adoptar crianças e providenciar-lhes toda a educação necessária à sua formação". Aliás, milhares de homossexuais por este país adoptam crianças, a título individual.
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Estamos conversados ou precisa de mais alguma resposta?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Saúde para Todos e deputados na bancada já!

A ministra da Saúde, Ana Jorge, fala-nos dum certo valor "educativo e pedagógico das taxas moderadoras para que todos os cidadãos tenham consciência de que a saúde é cara e todos contribuímos para ela".

Valor aqui ou tem uso moralizador e paternalista ou uma ênfase monetária e capitalista porque a saúde em si mesma não é valor para ninguém neste Governo, em geral, ou neste ministério, em particular.
Consciência aqui implica uma noção de dever-direito, individualizada de toda a prática de saúde, onde cada cidadão deve encarregar-se de não adoecer e contribuir activamente para a melhoria da sua vida e da sua performance sanitária.
Contribuir aqui significa que quem pode tem, quem não pode não tem porque qualquer noção de acesso, desigualdade, vulnerabilidade, medicina social, entre outras, pode soar algo cubano.

A título igualmente educativo aconselho a cidadã e ministra Ana Jorge a (re)ler o texto Artigo 64.º 2. a) e 3. a) e c) da Constituição da República Portuguesa onde se enuncia o direito à protecção da saúde realizado através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito [...] cuja realização incumbe prioritariamente ao Estado a garantia do acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação, bem como orientar a sua a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos.
A título certamente pedagógico aconselho a cidadã e ministra Ana Jorge a (re)ler o texto Artigo 25.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos onde se enuncia o direito de toda a pessoa a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.

A saúde é um direito humano, um direito constitucional e um direito fundamental cujo exercício implica o bem-estar e a própria vida e cujo exercício implica a igual capacidade de acesso aos serviços e cuidados e portanto, na visão de alguns de nós, a revogação da taxação sobre os mesmos.

Em vez de fibra óptica, construções(?) e obras públicas para superar - ou seria conter, ou distrair? - esta crise:
deputados na bancada e medicina socializada!

D. José Saraiva Martins e o Casamento

"Não é normal no sentido de que a Bíblia diz que quando Deus criou o ser humano, criou o homem e a mulher. É o texto literal da Bíblia, portanto esse é o princípio sempre professado pela igreja", defendeu.
Instado pela jornalista Fátima Campos Ferreira a pronunciar-se sobre os direitos civis subjacentes ao casamento entre homossexuais, D. José Saraiva Martins frisou que a questão não tem de ser colocada à Igreja.
"Quando se fala de direitos civis não tem de se interrogar a Igreja, tem de se interrogar o Estado. Quem elabora as leis do Estado não é a Igreja, seria uma intromissão, evidentemente", alegou.
No entanto, defendeu como situação "ideal" uma colaboração sincera entre a Igreja e o Estado "na formulação de certas leis", como a do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
"Nestes casos, neste sector em concreto, é absolutamente necessária uma colaboração sincera, autêntica e eficaz entre o Estado e a Igreja", em que ambos expressem o seu pensamento, disse D. José Saraiva Martins.
"E pode-se chegar a um acordo, cedendo um bocadinho dos dois lados. Não é opondo-se, é colaborando, é o diálogo", acrescentou. (Sic Noticias)

Não percebi. Explique lá outra vez. Mas devagarinho, por favor.

Então. Não basta dizer que eu não posso existir porque não se lembraram de me pôr na Bíblia (pergunto-me de que mais se terão esquecido). Ná, isso seria muito fácil. Em vez de negar a realidade, empenham-se em explicá-la. Portanto, afinal eu existo. Mas não sou normal, serei provavelmente doente, possuída, uma filha de Satanás. A isso até já nos habituámos, é a típica posição retrógada e opressora da Igreja.

Com ofensas bíblicas posso eu bem. Aquilo que me chateia mesmo é este tipo vir dizer que não é com a Igreja que temos de falar de direitos civis. Porque tem razão.

E é isto que eu não percebo: se ele admite que a Igreja não tem nada a ver com os Direitos Civis, porque raio é que tem de vir meter o bedelho na legalização do casamento CIVIL entre homossexuais??!

… porque estes tipos ainda não conseguiram incorporar com profundidade a noção de laicidade do Estado. Até aceitaram que lhes fossem retirados direitos, sobretudo relacionados com o controlo material da vida das pessoas (cobrança de impostos, por exemplo). Até aceitaram que, legalmente, o que era religioso passasse a ser civil. Mas nunca se permitiram abdicar dos sectores que são essenciais para a manutenção da ordem social.

Se a família (patriarcal e vertical) é o pilar da sociedade, o casamento é um dos seus elementos mais importantes. E quando dizemos que o casamento pode originar outro tipo de famílias, não patriarcais, não verticalmente estruturadas, não definidas, mas flexíveis e diversas, então ai-meu-deus que o mundo como nós o conhecemos está em declínio e vem aí o Reino do Mal. E pior! Querem criar filhos! A reprodução deste modelo societário está condenada.

Não. Aquilo que de facto me chateia é que a Igreja não só considera que é justificável pregar por uma colaboração com o Estado em matérias que são de natureza puramente civil (até porque se fossem Espirituais, o Estado não se metia nisso); não só acha que pode fazer do Estado um canal ou um instrumento para a manutenção da ordem social retrógada, conservadora e opressora que defende; como tem a lata de afirmar que espera um ACORDO com Estado, um compromisso em que haja CEDÊNCIAS de parte a parte, ou seja, um compromisso em que o Estado aceite derrogar um bocadinho da sua exclusividade de competências em matéria civil para as entregar ao “governo espiritual do povos”, só para assegurar que isto não descamba ainda mais.

over my dead body!

mas hey, ele também considera arriscado casar com um muçulmano. Para ver como às vezes nos enganamos… eu já a pensar que ele era homofóbico…! tss tss que PREconceituosa que eu sou.

união das famílias portuguesas?

Já circulavam boatos de um movimento de famílias que iria surgir para lutar contra o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Pois bem, parece que chegaram e em força.
Este documento foi distribuído à entrada do programa Prós e Contras da RTP1.



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Via Womenage a Trois

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O que eu não sei é jogar

estes jogos que toda a gente joga.
Não é uma questão de pontaria (sei bem para onde aponto), é mais uma questão de saber estas regras.
O José Mário Branco, a propósito de saber jogar (e de ter a altura certa para jogar) cantava que "Ser anão não é coisa do corpo, é forma do espírito morto".

Parece que na bola as divergências se diluem e António Trindade preside, com Teresa Coelho o Clube de Ténis da Nazaré. Ainda a acrescentar, segundo a notícia, Vasco Azeitona e Paulo Marques. Mais, claro, Emanuel Tomaz.

Parafraseando alguém, eu não quero insinuar nada... Mas vamos ter um ano repleto de revelações.
Eu é que não entro nesse jogo!

"'tá o mar a partir tude!"

Aproveito para partilhar com toda a gente algumas marchas (músicas) de carnaval da Nazaré. Grande parte delas são de crítica, ou sátira, social e política.
Destas gosto especialmente, mas é uma pequena amostra da grande qualidade e quantidade de marchas geniais.


Constâncio admite que a economia deverá comportar-se pior do que as previsões

As notícias de hoje parecem as de sempre.

música pelo buraquinho apertadinho do senhorzinho!

Esta humilde contribuição para a sacrossanta glória da burrice! Não lhe proponho feriado comemorativo, porque todos os dias ela já é gloriosamente festejada!

Sobre o Prós e Contras de ontem, mas também sobre todo o paleio que virá por aí com a Homofobia como estandarte! Ontem ainda ouvi pérolas como "não admito que me chame homofóbico!" de pessoas que estavam ali só mesmo por acharem que assuntos que não são deles, lhes dizem respeito.

DediCÚ-vos três pequenas músicas.
Pelo Buraco, de Beatriz Azevedo; Sabor de Burrice de Tom Zé e Homens de Manu Chao. . Tudo em português para que não seja preciso muito esforço.
Dedicú-vos, caros amigos e amigas deste mundo pior que é possível (e provável?)!

Abreijos.

Como se fazem perguntas ao contrário? Como ao contrário não se fazem respostas?

Acha que a decisão sobre a legalização do casamento homossexual deve ser referendada?

1 - Sim 43%
760 votantes
2 - Não 57%
992 votantes

Público.pt

Ou como baralhar as coisas:

Acha que devia ser referendada a decisão de referendar a legalização do casamento homossexual?
Acha que devia ser legalizada a decisão de referendar o casamento?
Acha que a decisão do casamento deve ser legalizada em referendo?
Acha que o seu casamento pode ser decidido legalmente por referendo?
Acha legal algum referendo que decidida sobre casamento ou contenha a palavra homossexual?
Acha que alguma destas palavras ainda tem sentido?

É frequente em muitas reportagens dos nossos ricos jornalitos perguntas directas sobre orientação sexual, práticas homossexuais de famosos e coisas do género. Continua-se a pensar que isto é uma pergunta válida ou formulável...
Eu continuo a insistir que ninguém tem nada que perguntar assim como ninguém tem nada que responder.
Inquéritos de formatação enviasada para desformatar as nossas cabeças, devem ser impugnados.
TRADUÇÃO JUDAICO-CRISTÃ:
NÃO REFERENDEM O MEU CASAMENTO QUE EU NÃO REFERENDAREI O VOSSO

temos uma batalha para ganhar: vamos ao trabalho???!!

alguém se deu conta de onde vieram as atitudes mais intolerantes da plateia do NãO, no programa «Prós e Contras»??? vieram (precisamente) dos mais jovens que lá estavam presentes daquele lado direito do anfiteatro. os cotas do NãO (melhor ou pior) tentaram (contra)argumentar... mesmo que (algumas vezes) com laivos de certa homofobia. mas as tiradas claramente homofóbicas vieram dos (mais) jovens na plateia!! até a moderadora FCF teve de lhes chamar a atenção, pois que "não eram dignas" as atitudes que aqueles meninos (de coro??) estavam a tomar!!
é (mais) uma batalha que se nos impõe: ganhar(mos) a geração século XXI para a luta contra a homo-bi-trans-fobia!!

tosse, rouquidão, uma certa incomodidade... sintomas claros de homofobia??

estou [bastante entretido] a ver o «Prós e Contras» da RTP, sobre o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo... ao longo do programa tenho vindo a notar uma estranha coincidência: o mero pronunciar das palavras "homossexual", "gay" ou "lésbica" parece tornar a garganta seca aos defensores do NãO... aquelas pessoas têm assomos de tosse seca, incomodidade na fluência da voz, uma certa rouquidão, diria que uma quase dislexia.
sintomas claros de homofobia? parece-me bem que sim!! com bastante pena tenho de admitir que neste país ainda há pessoas que não vivem na Modernidade...

a bifobia está a sair do armário

O programa Prós e Contras da RTP1 sobre o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo merecerá os comentários devidos assim que conseguir parar de rir. Ouvir um professor universitário perguntar como é que uma pessoa bissexual poderá sentir-se realizada na sua orientação se não pode casar com uma mulher e um homem ao mesmo tempo faz-me rir, tamanha é a estupidez de quem o pergunta e tamanha é a minha surpresa por ouvir uma pergunta destas vinda de alguém que tem acesso a informação sobre o assunto. Espera-se, aliás, que uma pessoa que intervém num programa de televisão tornando logo clara a sua posição sobre o tema discutido tenha feito uma preparação prévia do tema a discutir. Aparentemente não.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

eles somos nós

Vale a pena ler o artigo do José Soeiro sobre o filme Milk, publicado no site esquerda.net:

Vale a pena ir ver Milk. Não apenas pela extraordinária interpretação de Sean Penn. Mas também porque é um filme que nos toca e nos ensina muito. É um filme sobre um homem e sobre uma rua, mas é mais do que isso.

Tem a história de um movimento, ao mesmo tempo que não é um filme apenas sobre o passado, porque nos interpela. A votação na Califórnia contra os direitos dos homossexuais, no mesmo dia da eleição de Obama, vem-nos lembrar isto mesmo.

O filme retrata, basicamente, o percurso de Harvey Milk desde que, chegado a São Francisco nos anos 70 com o seu namorado, se viu empurrado para o activismo. Assistimos à pujança da discriminação e percebemos a força que o movimento ganhou quando os gays se apercebem do seu poder enquanto consumidores. As primeiras campanhas de organização de um mercado rosa ou de alianças com sindicatos para boicote a determinados produtos fazem o seu caminho e mostram no filme o seu impacto.

Mas o filme mostra-nos também como nasce um movimento, uma identidade colectiva em torno da condição a que uma orientação sexual minoritária remete as pessoas na nossa sociedade: o confronto com a polícia, a violência quotidiana muitas vezes com a cumplicidade das forças de segurança, as redes de sociabilidade relativamente clandestinas, as estratégias colectivas de defesa, a construção de uma área crescentemente libertada - uma zona de autonomia dentro da sociedade homofóbica... Tudo isso está lá.

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A dificuldade da vida quando a urgência do activismo toma o tempo todo, nomeadamente o tempo do amor e das pequenas coisas, está também neste filme. Como está essa profunda ligação entre a política e a vida que as lutas deste tipo necessariamente envolvem. Como diz Milk a certa altura, a luta pelos direitos dos gays não era apenas uma discussão sobre empregos ou sobre ideologia: era uma discussão sobre os gays, as lésbicas e os e as trans terem o direito a viver e a ter lugar naquele país e neste mundo, condenados que estão, tantas vezes, ontem como hoje, à violência que os maltrata ou que os mata, ao suicídio e à impossibilidade de serem livremente quem são - e felizes.

Milk não é um revolucionário na definição que muitos temos da palavra. No filme, percebe-se que Milk não está muito preocupado em alterar radicalmente as regras do jogo político: ele adapta-se às lógicas da campanha e, uma vez eleito, às lógicas da negociação de leis, da troca de apoios, do jogo mediático e de construção da simpatia popular, da contenção da radicalidade da raiva das multidões na rua. Usa pragmaticamente todas as lógicas do sistema a favor da sua causa. Mas isso, em si mesmo, não parece ser o mais importante naquele filme. Milk é ali, sobretudo, um homem de coragem e, nesse sentido profundo, certamente um revolucionário. Alguém que faz da sua identidade uma luta e que se vê, mais do que um político a tratar da sua vida, como uma voz do movimento nas instituições. Algumas das cenas mais comoventes do filme são as que o põem no meio desta confusão, com os dramas da vida a bater-lhe à porta, como batem à porta de todos os que já se envolveram nestes combates - por exemplo, jovens que lhe telefonam a dizer que foram expulsos de casa, ou que se querem matar ou a tentar perceber se, como sempre lhes disseram, o insulto é a única forma que têm de se definir.

Em Portugal, estamos ainda muto atrasados nesta matéria. Não apenas pela discriminação feroz que sectores conservadores continuam a fazer, como a Conferência Episcopal, que não cessa de incitar ao ódio, à intolerância e à exclusão, mas também porque a sociedade portuguesa é de uma enorme hipocrisia. Das nossas figuras públicas homossexuais, dos deputados aos actores, temos ainda demasiado poucas a dar a cara contra a discriminação afirmando que "eles somos nós". E isso é simultaneamente uma causa e uma consequência do atraso: as pessoas sentem-se menos à vontade e, mantendo a invisibilidade, não forçam as mudanças.

No filme Milk, há uma intensa discussão no meio de uma campanha em que o protagonista diz esta coisa simples para um grupo de activistas. É importante dizer gay e é importante que muita gente se assuma, por uma razão simples: é que assim a generalidade das pessoas percebe que os homossexuais não são seres estranhos a viver noutro planeta, mas os amigos, os vizinhos, os vendedores, os colegas de trabalho, os deputados em que votaram e os professores dos miúdos lá na escola. São as pessoas a quem todos nós apertamos a mão normalmente todos os dias. Quando olharmos para o lado e percebermos isso, metade do caminho contra a homofobia estará percorrido.

José Soeiro

Não lhes viramos a cara !

Passamos ao lado mas nunca é tarde para a denúncia, (nunca)!

No sábado dia 7 de Fevereiro uma manifestação em Madagascar acabou em 23 mortos, num bruto massacre ordenado pelas forças do governo.
Em duas semanas de protestos já foram mortas 125 pessoas…
E como se isso não bastasse os manifestantes não estavam armados, a única força que tinham era a coragem.

Mas estranha-se o silêncio da comunidade internacional não?
Resposta simples: “Madagascar abriu suas portas para muitas companhias estrangeiras, que estão explorando petróleo, ouro, cobalto, níquel e urânio.”

Podes ver aqui as fotos do massacre.

pássaros nocivos...

continuamos no centro da polémica...

Mas onde estão os verdadeiros culpados?
Nas entrelinhas da justiça?

um passo à frente ou um passo atrás?

Houve transparência, e o povo esteve com ele… mas será que era isto que Bolivar ambicionava? Um líder supremo, intemporal que se diz detentor de uma revolução e que sem ele ela não existe?

Não tenhamos dúvidas: o povo Venezuelano está com ele ou pelo menos a grande maioria. E não tenhamos dúvidas: Chavez esteve lá quando foi necessário proteger os empregos das pessoas, quando os campesinos necessitaram de apoios de sobrevivência e quando foi preciso mandar o imperialismo para o “Cararro”…
Mas também lá esteve na perseguição à oposição interna, na sabotagem das eleições e continua a estar assobiando para a estrondosa inflação.
Não tenho uma posição concreta, admito. Fez coisas boas e fez coisas más mas de uma coisa tenho a certeza:
alguém que referenda uma eleição intemporal e que diz que “sem mim não há revolução” só tem um nome, um único nome – ditador. Quer se goste ou não das políticas dele.
Digam de vossa justiça. Eu acho que não era isto que Bolivar queria mas quem sou? Eu mero observador de fora – o povo é soberano ele que diga de sua justiça.

Carnaval dos meus encantos

O carnaval já se instalou na Nazaré "prái" desde o Natal. E ainda bem. É o carnaval que permite que a gente "vá levando". Mas ainda antes do Carnaval, no dia 19 de Fevereiro (quinta-feira) reuniar-se-á a Assembleia Municipal da Nazaré (AM). Aproveito este espaço para vos dar a conhecer os temas em debate.
O edital da reunião pode ser consultado aqui.
Vai considerar-se o Troço Sul do Caminho Real da Pederneira como de Interesse Municipal. Estou curioso sobre o interesse que terá o resto do Caminho. Ou é por partes? Mas tem de ser assim. Há um hotel para abrir, o do investidor Serafim, que está fartinho de anunciar que não tem entrada.
Depois há o empréstimo bancário para a construção do Centro Escolar da Nazaré. É a segunda vez que este assunto vem à AM. Uma escola de 1,5 milhões de euros, fica, após empréstimo pago, em mais de 3 milhões de euros. Bom negócio não é? Depois há ainda um "empréstimo de curto-prazo sobre a forma de conta-corrente caucinada": ou seja, estamos à rasca, não há dinheiro, e esta é a nossa única hipótese de continuar as BigPromessas! Na pasta da documentação vem ainda o projecto do Teleférico da Nazaré (mais um à imagem da Expo98, todo futurista e xpto). Não é que não faça um jeito do caraças um transporte para a Pederneira... É só que, de repente, parece que vai ser feito num ano o que não foi feito em 15. Alguém acredita?

Lamento imenso não poder partilhar convosco a documentação toda da Assembleia mas é mesmo por culpa da Câmara. Desde a primeira Assembleia que exijo que a documentação seja entregue em formato digital (já apresentei propostas de alteração de regimento, inclusivé). Não foi possível por causa daqueles que me dizem "eu já ando nisto há muitos anos...!".
Portanto, caros concidadãos, eu e mais uns poucos somos os únicos iluminados e capazes de estudar e decidir os assuntos da Terra.
A vocês resta-vos... Rezar? Ou votar. É idêntico... É tudo ao domingo!

Elogio da masturbação

Telma de Jesus Laborinho Ferreira
Comecei a masturbar-me enquanto via o maestro António Vitorino de Almeida no seu programa televisivo, de sons e tempos. Comecei de forma um pouco indecisa, sem saber bem, qual o meu interesse em criar tal sessão, talvez por estar muscularmente descontraída, horizontalmente confortável, talvez por ser uma noite fria, nas noites frias normalmente refugio as minhas mãos geladas no meu corpo quente, perto da pélvis, ficam demasiado próximas do sexo, é impossível não ouvir o grito do encanto genital a chamar por mim...,comecei lentamente e sem grande excitação, até porque, em termos de fantasia estimulante, olhar para o maestro e assistir à poluição sonora de um filme pornográfico, gritos-hipérboles, cenários e sequências de rir pelo ridículo, com postas de carne decorativas a fazerem coisas do melhor, provoca-me uma sensação semelhante, sinto uma inevitável vontade de ser-me assexual, de fazer-me coisa sem sexo, já tinha começado a tocar-me e pensei que seria de mau tom parar ali, com os dedos bem dentro, a excitação demorou muito a vir, ainda muito seca, cansada de insistir no auto-manejo, mas ainda muito seca, continuo a olhar, mas agora, vejo-o de modo totalmente diferente, a imagem aparece centrada no percurso das mãos, as mãos a invadirem as teclas, e eu a sentir uma enorme necessidade de ter a violenta eficácia daquelas mãos devoradoras de notas, no gesto perigosamente automático, aquela melodia tão audível quanto imperfeita, sons sem casa e uma estabilidade assustadora, necessidade de ter aquela dinâmica formal com um carregar incoerente no meu clitóris, uma partitura de Debussy no meu húmido espaço aberto, começava agora a sentir que valia a pena continuar com as duas mãos, a esquerda no interstício, a direita no ponto exacto, continuava a apreciar todos os meus movimentos, mantinha o corpo em rebeldes embalos, até que os dedos começam a deslizar com uma facilidade que mereceu a minha aprovação, estava praticamente livre, o programa acabou e eu fico atenta ao desequilíbrio do pensamento, respiro em ritmo acelerado, sem soltar gemidos-vibrato para não ferir ouvintes sensíveis, agora sim estou bem molhada, quase a vir-me, não consigo focar qualquer pormenor exterior, não tenho memória perceptível aqui, não há definição possível, sinto e pronto, venho-me sempre com a ausência de qualquer coisa, há quase uma ausência de tudo, há uma ausência de morte, fecho os olhos, a sensação é demasiado intensa para querer abri-los, e o reflexo de fechar é quase um querer congelar aquele instante em que os contornos do corpo parecem desaparecer e ando pela cama a regalar-me no imprevisível caminho do lençol, também este com um certo aroma a presença, cheiro de cama cheia, ocupada, e penso que é o único momento-só em que a morte não existe, em que não há qualquer noção capaz de, naquele preciso momento, definir-me enquanto coisa finita, vir-me altera-me na morte por completo, mas o tempo de tal êxtase, é curto, muito pouco, um encontro de troca imediata, sem o despertar dos ponteiros, sem um nítido pensar de morte, contudo tamanha ausência não consegue ser contínua, momentos de sensação extrema, momentos de vida, um atingir a altitude máxima do pensar em branco e voltar ao real/morte na consequente queda, é não conseguir manter a vida por mais que uma mão de segundos, portanto, a vida é o sentir em branco de um orgasmo e viver é fisicamente impossível, já que o corpo é incapaz de permanecer em constantes narrativas de convulsões orgásticas, eis a minha profunda conclusão...,tenho os dedos marcados por engelho, foram múltiplas as tentativas de ficar-me ali, acabei por fartar-me das quebras, da chatice que é quebrar no momento certo, de uma sensação que pára contra a vontade, levanto-me e arrefeço, tenho as pernas a escorrer em líquidos, que em parte desconheço, o esforço que me transpira, não estou a viver e desisto, de dedos tristes e deformados pelas dobras na pele, outrora tão potente e agora que a vejo com memória definida parece-me despida de imaginação, como se a masturbação fosse a única forma de entender que não há qualquer espasmo demorado, qualquer nota, por mais quase ida, enquanto vida, que morrer é isto, um caminho completamente descontínuo e que o futuro é sempre a aproximação do esquecimento, lavo-me ainda com o sabor do meu lado interno e volto a deitar-me, agora para dormir e sonhar com esses segundos inconsoláveis, dentro dos quais gostaria de ficar, segundos parados e uma sensação de vida fixa no meu corpo.

Quantos meses tem o ano na Uminho?

É árido e incerto o cenário do Ensino Superior para 2009. Vejamos o caso da Universidade do Minho, em apresentação recente do relatório de actividades o seu reitor, Guimarães Rodrigues, dá conta que o orçamento transferido pelo Governo para a instituição apenas representa 98,2% do orçamento correspondente a 2002.As projecções apontam para a impossibilidade da UM garantir as remunerações dos docentes e funcionários até ao final do ano. Em estimativa, não será possível garantir o pagamento dos vencimentos correspondentes a um mês. Depois de fechar portas durante quinze dias, de encerrar instalações como bibliotecas e efectuar uma redução no seu corpo de professores e funcionários a UM vê-se agora com um mês a menos na sua capacitação orçamental.

Mas o relatório de actividades da UM diz-nos mais, as propinas (apenas das licenciaturas) já perfazem 11% das receitas gerais da Universidade, sendo usadas não para melhoria e investimento da qualidade, como justificavam no passado os governos do centrão, mas para despesa corrente. Quanto à busca por receitas próprias (para além das propinas), que tem sido a bandeira liberalizante sempre defendida por Mariano Gago, é certo que apenas constituem cerca de 6% das receitas gerais mas mais significativo é observar que apenas a Escola de Engenharia é responsável por cerca de 50% dessa verba. Perante a impossibilidade de subirem as propinas (veremos até quando) não é difícil imaginar a necessidade de hierarquização de cursos, entre rentáveis e não rentáveis, por parte das universidades. É a lei do mais forte, sobrevivem os melhores, ou seja, os que rendem mais.

Sendo certos os números e a sua análise são questionáveis os moldes das reclamações da Reitoria da UM e despertam questões importantes. Centrar as reivindicações unicamente no plano da injusta repartição entre as instituições do país, salientando a dotação extraordinária para aquelas que cederam no plano da passagem a fundação (ex: ISCTE - 23%) em prejuízo das restantes e na defesa da manutenção dos factores de qualidade para o calculo orçamental é um movimento que pouco altera a relação de forças, acabando antes por fazer o jogo do Governo de lançar a competição e disputa entre as instituições. Diz a Reitoria que “A dimensão deste problema, e as suas implicações, ultrapassam a Universidade, e são de âmbito político, nomeadamente da política de desenvolvimento” o que é inteiramente correcto, o problema é o projecto neoliberal abraçado pelo partido socialista que mergulha o Ensino Superior no maior dos seus fossos financeiros, com o pretexto que o financiamento público é facilitador e dado a esbanjamento, atrasando a modernização das instituições que precisam de ser dinâmicas, empreendedoras e competitivas, o que na tradução neoliberal significa ir ao mercado buscar dinheiro. Curiosos tempos para se defender tal visão.

A resposta ao problema, por sua vez, apenas pode passar por um movimento, de âmbito nacional, capaz de reunir forças que contraponham resistências e alternativas a esse projecto a partir de eixos de lutas centrais e agregadores. O financiamento poderá ser um deles. A tarefa não é fácil, primeiro porque o processo vai já avançado, o RJIES foi aplicado com ténue resistência, legitimando organicamente os novos órgãos de gestão pouco democráticos e que abrem as portas das universidades aos banqueiros e empresários, Bolonha, apesar de todas as trapalhadas na sua aplicação, veio para ficar. Por outro lado o campo de resistência é marcado por eternas indefinições, o CRUP (Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas) tem sido a voz mais crítica mas hesitante no que toca a reais acções de protesto, das associações académicas, para já as únicas capazes de coordenar acções de nível nacional, pouco se pode esperar, presas na sua maioria às lógicas clientelistas e à pouca ou nenhuma vontade de envolver os estudantes.

A solução passa pois por construir um trabalho de base, a partir dos colectivos e agrupamentos de alunos em ligação com professores e funcionários, que centre a sua acção nos problemas do dia-a-dia mas que vá mais além, que perceba que as próprias universidades são campos contraditórios e não homogéneos neste embate, e aproveitar, onde for possível, os processos de eleições para os novos órgãos para congregar aqueles que se revêm na defesa de um ensino publico, democrático e para todos.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

campanha da «Não te Prives»: porque hoje é DIA D@S NAMORAD@S...

esquerda altermundialista reorganiza-se no Estado Espanhol...

Nuestra nueva estrella es una suma de triángulos, una suma de causas y banderas que convergen todas en el mismo punto. Desde este punto parten juntas, para crear una estrella en perspectiva, la perspectiva de una nueva izquierda que crece en el calor de las luchas.

Una nueva izquierda que se construye a sí misma, que es abierta y plural. Un nuevo símbolo de la izquierda anticapitalista que sólo pretende hacer una pregunta: y... ¿por qué no?


o próprio desenhador do novo logotipo faz uma pequena apresentação (escrita) do mesmo...
nos seguimos sintiendo representados por la estrella de 5 puntas, símbolo de la izquierda y del internacionalismo. También nos vestimos con los 3 colores que son nuestras banderas: el rojo, nuestra lucha revolucionaria por el socialismo, contra un sistema económico devastador; el violeta, que es el color de las luchas feministas, nuestra bandera contra el sistema patriarcal; y el verde, abrazando un ecologismo militante, la defensa de la supervivencia de nuestro planeta de un sistema que lo conduce a su propia autodestrucción.

"chamamento à consciência"

Falar é fácil ó meu!

Eu não queria acusar a Câmara da Nazaré de estar com medo d'O Clube do Pensamento e de ter organizado a Tertúlia Nazarena como forma de distrair as atenções e alegar que também quer debater assuntos, sendo, no entanto assuntos fora da actualidade política...
Mas se calhar tenho de o fazer.

O Clube foi no dia 30 anunciado com grande antecedência, a Tertúlia foi no dia 24 anunciada sem antecedência.
Nota final: estava prometida uma tertúlia a cada 3 semanas. Seria hoje... Agora??

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Qual é a tua opinião aluno?

Os alunos esses bonequinhos amestrados pelo ministério da educação e pelos órgãos de gestão das escolas são completamente desrespeitados em termos de intervenção política e crítica directa nessas mesmas escolas. A escola enquanto meio de cidadania, de intervenção, de escolha, de crítica, de pensamento e sobretudo de aprendizagem é visto pelos alunos acima de tudo como um fardo que temos de enfrentar por imposição moral dos nossos pais e do sistema (passa-se o mesmo com a catequese, mas sobre isso escreverei numa próxima oportunidade) …
Aquilo que Abril me ensinou foi diferente… Muito diferente.

Os valores de esquerda que respeito, porque luto e com os quais quero guiar a minha vida ensinaram-me que não nos podemos conformar perante esta injustiça social que nos impingem dia a dia e que passa por baixo do nosso nariz diariamente – Estuda e Cala! É esta imposição de consciências que desrespeita o espírito crítico dos alunos que formatou e “standardizou ” o sistema educativo em Portugal ao longo dos anos. Os sucessivos governos, a única coisa que fizeram foi discutir os problemas educativos com professores, com sindicatos e funcionários … ao mesmo tempo os concelhos educativos o que fazem é precisamente a mesma coisa discutir os problemas, objectivos e a gestão escolar com professores, sindicatos e com funcionários mas afinal de contas onde ficam os alunos nesta história toda? É esta imposição de medidas e a não discussão de certos problemas com os alunos que faz com que os alunos se desmarquem das políticas educativas (essências a uma formação consciente) e que faz com estes face à política assumam uma atitude de completo de desprezo.

E até posso colocar alguns exemplos concretos: desde os exames nacionais às aulas de substituição… Desde as turmas sobrelotadas à não adaptabilidade dos professores aos alunos com necessidades especiais… Desde o novo estatuto do aluno ao ensino obrigatório… Desde o novo modelo de gestão da escola aos manuais inadaptados à matéria curricular… Tudo isso são coisas que afectam directamente os alunos e que na minha opinião mereciam também que os alunos tivessem alguma voz… O que acontece é que o sistema educativo só se preocupa com uma parte da comunidade escolar. Os alunos representados democraticamente pelas AE´s tem o direito a uma opinião, é o mínimo que se pode fazer em nome da Democracia na escola. A educação é uma necessidade, mas é também um direito, um direito de Abril…

O que eu peço é sensato (fizemo-lo, no Bloco, em relação à educação sexual e os resultados estão à vista de todos)... e não poderia definir melhor a minha opinião se não parafraseando uma frase de uma perspicácia enorme de um grande camarada meu, José Soeiro: “Democratização da política é nos dizermos às pessoas que têm que ter uma opinião sobre aquilo que as afecta, é nos termos uma palavra a dizer (...) é por isso que nós falamos na educação para a cidadania, educar os jovens para a democracia, para quando eles forem grandes participarem… Não! a educação tem que ser feita na cidadania, não é educação para a democracia mas educação na cidadania. As escolas têm que ser já em si um espaço de cidadania, de participação."

Pinta-mos nas Costas que eu deixo!

Por outro lado, sua Excelência escapou-se! Mais uma vez, escapou-se!

Cada vez mais somos nós todos a pagar para estes poucos. Bebem em copos de gambrinus, mas hão de pagá-las!

O futebol é tema a tratar mais tarde e com profundidade. Ignacio Ramonet é que tem uns textos muito engraçados sobre todo o sistema que é a bola: os seus (d)efeitos na nossa vida quotidiana; a linguagem de guerra e o capital que gira em torno destas brincadeiras...
Não apanhamos o Pinto da Costa, não se descosem os árbitros, mas vamos ver o que acontece com o Isaltino para ver se nos dá alguma paz de espírito. Phonix.

I Sal Tino? Onde está o sal?


Ufa!
Finalmente um bocadinho de fumo no caso Povo vs Morais.
A ver se acontece alguma coisa e se retiramos a gestão da coisa pública desta malta que se vai apropriando aos poquinhos, aos poquinhos...

Trago só aqui uma pequenina pérola. O 554º edital da Câmara de Oeiras em 2008 (mais de um por dia). Neste edital é clara a camaradagem de Morais que deixa os funcionários celebrar o natal e passagem d'ano "junto dos seus familiares".

A mim não me parece nenhuma avaria!
Mas obrigado Sr. Morais pela sua bondade.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

jumbo

Se Sócrates parir uma moção em Fevereiro têm entregas grátis até ao fim do ano em Jumbo.pt .

MayDay!! MayDay!!


[md9.jpg]

Há dois anos atrás arrancou a primeira iniciativa "MayDay!!" em Lisboa. Este primeiro "MayDay!!" juntou algumas centenas de pessoas que gritaram contra a precariedade na vida. O ano passado, em 2008, o número de vozes aumentou para mais de 1000. Este ano já houve uma primeiríssima Assembleia do MayDay!!Porto, dinamizada pelo FERVE, que juntou algumas dezenas de precárias e precários com vontade de mudar as suas vidas. Também em Lisboa o "MayDay!!" irá arrancar na próxima semana com a sua primeira Assembleia. Até lá!

Depois de 2007 e 2008 estamos de volta para juntar todas as vozes que gritam contra a precariedade na vida.


Junta-te à primeira Assembleia:

1.ª Assembleia MayDayLisboa 2009 ::: Dia 18 Fev ::: 4.ªf ::: 21h ::: no CEM* :::
* Rua dos Fanqueiros, nº150, 1º andar ::: metro - Rossio

- ver mapa: http://www.c-e-m.org/?page_id=64

Carta Aberta a Francisco Louçã

Agradeço-te Francisco porque hoje falaste da Res publica!
Havia em comentário anterior, assinalado um certo namoro que se iniciou aí do judicial com o mediático, levado ao seu cúmulo pela Sra. Cândida, no mesmo espaço de entrevista em que falas neste momento, de Judite de Sousa, para acalmar o POVO sobre o crime económico de que é suspeito o tio ou o sobrinho, já me confundi toda...
Sócrates que se pensa ter existido pelos relatos de Platão - sr. que escreveu a por sua vez a Republica - os paradoxos são infelizes como as coincidências e a promiscuidade que por si só não tem nada de condenável, tem na separação de poderes o exponencial demonstrativo do estado da arte deste cantinho de país.
Pois bem chamaram aos MEDIA o 4º Poder. Eu não sei mas preferia uma 4ª República ou 4ªGlobal, ou...
E tanto é que fazem a reportagem especial As procuradoras, estilo ALIAS mas com gente bem menos sexy...
E tanto é que neste mesmo momento assisto a um belo programa Mediatismo e Política, pena é que não adivinhe mais nada.
Algo vai podre no reino desta comarca.

Tomando as palavras do sobrinho... «não era com esta que me iam vencer».

Obrigada Chico por fazeres visível o invisível!

há dois aninhos só consegui ir dormir depois de comprar o jornal com esta capa fantástica!!! :P

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Padre Marujo não vá ao mar que o mar está ruim.

Padre Marujo está certo: quem se mete nestas aventuras expõe a sociedade a feridas profundas. Na verdade uma amputação, lobotomia ou mastectomia são terapias radicalmente preventivas recomendadas em casos de cancro em estadio III ou mais (estou a armar-me em Mª de Belém) ou gangrenas profundas.
Perguntemo-nos se a metáfora é producente no nosso cantinho de país? Digo metáfora porque insídia e ironia são recursos que já foram apropriados por alguns despites humanos desta terra.
Outras metáforas...
... podem ser (re)lembradas já no senso comum deste nosso censo popular, secular e leigo, Graças a deus*, "prevenir é melhor que remediar" e é de prevenção, mais uma vez, que nos falam. Prevenção essa que pela ira do senhor do velho testamento que trouxe ao mundo - não só uma grande barragem chinesa e uma arca que seria talvez um OVNI, como também - a Cida (diminutivo de Mª Aparecida, empregada doméstica nascida em Salvador da Baía) para fazer a limpeza desta gente Omosexual, marca do seu detergente preferido
... ok, a limpeza total ou terapia radical é, como nos diz a sagrada escritura (ainda mal paga num crédito de mais de 2000 anos), a arma típica de intervenção do altíssimo, embora Nós Cá por Baixo preferimos intervenções sociais, culturais, políticas, entre outras, para alcançar transformações inclusivamente legais o que não é vulgo lex no método clerico-episcopal. Não se estranha portanto a forma arrebatada como a CEP nos manifesta a sua preocupação que obviamente se prende com estratégia e táctica, Sun Tzu mesmo, em ano de tantas eleições, porque a política também é criação divina certamente e há uns que são filhos e outros enteados, claro está!
... chave-d'ouro: as coincidências! sempre sempre, sem qualquer espírito conspirativo, vejo coincidências estranhas e perturbadoras nestas coisas que anunciam pela Rádio Renascença:
- a palavra crise pode assumir não só o significado financeiro como toda uma panóplia de sentidos desde que distraiam o leitor do que se discute para algo que soa a urgente e prioritário, logo ameaça, logo a crise deve ter sido produto dum Casino Gay;
- sai-me esta notícia comentada por Vitalino Canas que já foi comentador da VI Convenção do BE, ou seja, a ERC está distraída porque só ele e o Vitorino (e ambos rimam vejam lá) fazem mais tempo que o Marcelito, usou a palavra entidade e instituição;
- sai-me esta notícia depois de José Sócrates ter dito que "anda aí um filme chamado Milk... presumo", presume o quê? não viu, não percebeu, não sabe quem é Gus van Sant e só queria usar um palavrão fancy enquanto dizia leite em inglês;
- sai-me esta notícia no dia em que se comemoram dois anos de vitória SIM! - ivg - e os 200 anos de Darwin (...) algo de pouco plausível misturou ideias biopolíticas de posse sobre o corpo e ideias de evolução biológica e selecção tudo numa mesma bandeja, ver leilão de hímens mais abaixo;
- posto isto, gostava de me assumir como bióloga creacionista e dizer-vos então a verdade: temos polegar porque somos filhos de deus com um macaco daí os ângulos formados pelo polegar e indicador em círculo terem o formato exacto duma banana, Eva era uma grande bisca e Adão apenas era mau na cama por isso ela disse vai la comer uma maçã enquanto brinco aqui com esta serpente, o hímen nas mulheres não existe para se guardar até ao casamento nem prova que já fomos anfíbios, serve apenas para ser leiloado na internet... por estas razões entre tantas outras a homossexualidade é realmente anti-natural porque a natureza que estes pastores morais nos explicam é apenas irreal, surreal, não, porque isso é muito gay também;
- Helena Pinto acertadamente falou em separação de águas, como dizia alguém, Adeus não, Amaomé que tem truques com água e é bem mais divertido, mas isto depois misturava homossexuais e terrorismo, não vamos por aí;
- por isso como dizia o amigo: o meu nome é Harvey Milk e estou a recrutá-los! Por isso vem e senta-se à esquerda do pai que a direita já está cheia deles.


*deus escreve-se com letra pequena, a direito por linhas tortas, enquanto outras leis não se escrevem com letra alguma

Xeque-Mate!!


Tenho que vos deixar esta faixa do Zeca.
Dedico-a aos Bispos, naturalmente...

Dedico-a pelas suas posições intransigentes, cheias de convicção da certeza absoluta e divina!
Ninguém pede opinião da Igreja até porque já a sabemos. Fôssemos levados pelos padres deste mundo e ainda hoje se diria que o planeta é cúbico e que a trovoada aparece como castigo dos nossos pecados!
Pecado pecado é impedir que as pessoas sejam felizes. É isso. Mas vamos ter que aturar os Bispos e as Tétés do costume nestas andanças sobre o direito a ser-se indivíduo.

Arcebispiada!
há dois aninhos, eu esperava ansiosamente o encerramento das urnas nos Açores para que então as tv's divulgassem as primeiras projecções de resultados da sondagem à boca da urna... para depois desatar aos saltinhos infantis!! GA-NHA-MOS!! GA-NHA-MOS!!

(to be continued...)

Sócrates twitter?

A internet acompanha o debate quinzenal pelo Twitter aqui.

SiM!! foi bonita a festa, pá... e (quase sem darmos por isso) já se passaram dois aninhos...

... durante vários meses (no finalzinho de 2006 e ainda em 2007 até 9 de Fevereiro [último dia de campanha para o referendo]), tod@s nos fizemos um pouquinho heroínas e heróis duma batalha que se arrastava há mais de 30 democráticos anos neste Portugalinho, mas [no dia 11 de Fevereiro de 2007] ganhámo-la!!!
com essa vitória [e a concomitante despenalização do aborto] este país deu um bom passo em frente na modernidade [deixando de ser presas mulheres pela prática de aborto até às dez semanas] e (principalmente!) as mulheres (em Portugal) passaram a ter plenas condições de gerirem a sua capacidade reprodutiva [ainda que só até às dez semanas]...

Clica para ver um vídeo com imagens sortidas de alguns eventos de campanha de vários dos movimentos do SiM!...

Sem lenço, sem documento...

Nem casamento nem Família pode resultar de uma relação Homossexual!

Diz Morujão. Um senhor que tirou um curso e foi para padre. Subiu na carreira e já é Bispo (talvez o equivalente a Director nalgumas empresas). Mas este senhor é um senhor de caridade, de benfeitoria, de amor a deus. Tudo o resto é incompreensível para ele.

Repugna-me quem de forma persistente vai arruinando a vida a tanta gente. Estes que fazem estas campanhas negras como quem anda de cruz atrás de vampiros. Como se as pessoas não fossem pessoas, fossem de pau ou sei lá.
Não é por obra e graça de Sócrates mas tem de se dar a toda a gente a dignidade de ser pessoa. Porque entretanto a humanidade vai-se "ratando" no mais íntimo e mais importante...

"Não é fiável quem se mete nestas aventuras em que a sociedade fica exposta a feridas profundas"?? Santa Ignorância!