Esse grande “líder” de seu nome José Eduardo dos Santos esteve em Portugal: repleto de elogios por todos (ou quase todos) acusando-o de promover a paz e a Democracia em Angola. Tanto cinismo e tanta demagogia… porque será? Resposta básica: Petróleo!
Muito se elogiou, como disse, o esforço do mister presidente e parece que agora a palavra de ordem é: empresários – tudo para Angola: a terra das oportunidades.
Mas facilmente se desvincula todo este cinismo diplomático que nada tem de mais substancial que o interesse económico de alguns e de algumas, ficando (mais uma vez) o interesse social do povo Angolano posto dede lado, se não vejamos:
- Sobre corrupção nada se disse assim como ninguém que se lembrou que a maior parte do povo Angolano vive na lama e Jose Eduardo dos Santos é um dos homens mais ricos do Mundo…
- José Eduardo dos Santos está há trinta anos no poder quantas vezes foi eleito?
- Em Dezembro morreram dezenas de crianças de uma epidemia de raiva, alguém se lembrou de perguntar o que falhou e o que foi feito para evitar novas situações?
- Os Chineses (e não só) investem cada vez mais em Angola, fala-se quase num imperialismo económico… atrás deles vão outros… mas o que querem afinal estas multinacionais? Ganhar o monopólio dos recursos naturais e mais uma vez, aquilo que é publico e tem de ser público, é privatizado retirando aos Angolanos aquilo que é seu por direito e que deve servir como factor de desenvolvimento. Sobre isto nem uma palavra!
- Nas últimas eleições em Angola, o MPLA ganhou por uma maioria de quase 90 por cento – fantástico, mas porque será? Resposta Simples: o povo Angolano vive em Guerra há anos o que poderia então acontecer caso o MPLA perde-se as eleições? O ressurgimento de uma guerra interna porque os protagonistas não se iriam abster de levantar armas – resultado: não há democracia quando o povo é ameaçado com o ressurgimento de uma guerra.
- Porque é que Portugal (estado) e as empresas Portuguesas não estão então (já que querem o desenvolvimento de Angola), interessado(as) em construir um serviço nacional de saúde, uma rede sólida de escolas ou um sistema de distribuição de água que chegue a todos os pontos de Angola?
- E por ultimo no meio de tanta pompa e circunstância quantas vezes de falou afinal dos angolanos, das suas condições de vida, liberdades « nestas cerimonias?
Eu não apertaria a mão a José Eduardo dos Santos e tenho orgulho que haja um partido com coragem para não o fazer…
Reafirmo a minha pegunta: para onde terá ido o sonho de Agostinho Neto?
domingo, 15 de março de 2009
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