terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

o Zeca deixou-nos há 23 anos... as suas palavras continuam tão (ou mais) actuais (que nunca)!!!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Quando há discordância sobre que música ouvir a pior decisão é não ouvir música nenhuma.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

só queremos ter os passarinhos a chilrear nos Açores... não queremos cá/lá nenhuns aviões de guerra!!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Era tão bom quando andávamos de comboio...


Está em curso uma Petição pela Requalificação e Modernização da Infra-Estrutura e pela introdução de um Serviço Ferroviário de qualidade na Linha do Oeste.

A linha ferroviária do Oeste corre o risco de desaparecer. Construída no final do séc. XIX para servir as populações e as cidades ao longo do litoral, entre Lisboa e a Figueira da Foz, a Linha do Oeste nunca se modernizou e a CP tem vindo a reduzir serviços, a pretexto da sua fraca utilização.LINHA DO OESTE

Os signatários desta Petição defendem a requalificação da linha para que permita, de futuro, a circulação de comboios rápidos de passageiros inter-cidades, assim como um eficiente serviço de mercadorias; um serviço de transporte, com adequados níveis de frequência, conforto e qualidade, garantindo-se que, pelo menos entre Lisboa-Leiria, o tempo directo de viagem não ultrapasse os 70 minutos; e, ainda, um serviço de transporte regular para todos os concelhos, nomeadamente, Torres Vedras, Bombarral, Óbidos, Caldas da Rainha, Nazaré, Alcobaça, Marinha Grande, Leiria, Figueira da Foz, Coimbra.

A requalificação desta infra-estrutura assume especial importância na perspectiva de opções de mobilidade mais amigas do ambiente e alternativas à rodovia. Pela importância que esta linha representa, sobretudo a nível local e regional, pedimos-te que divulgues e assines a Petição.

ASSINA E DIVULGA!


Para obter o impresso da Petição, ir a:

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Não, nem obrigado, meu General


“Fábio Gonçalves nem queria acreditar quando, ontem, um grupo de quatro militares do Centro de Recrutamento de Braga interrompeu a aula que assistia para lhe fazer uma surpresa. Aluno do 12ºR da Escola Secundária Carlos Amarante, Fábio Gonçalves ganhou ainda mais ânimo para ingressar no Exército português”. Assim começa a notícia do jornal Correio do Minho desta terça-feira.

Tudo terá começado na semana passada quando este diário, que desde há muito mantém estreitos laços com Mesquita Machado, lançou um inquérito de rua a jovens indagando o que estes esperavam do futuro após concluírem o secundário. O Fábio terá respondido que queria seguir o exército. Tendo lido isto os militares do Centro de Recrutamento de Braga não estiveram para meias medidas, contanto com os holofotes do jornal e com a conivência dos professores fizeram uma surpresinha ao aluno e a toda a turma. O resultado, para além da impagável capa de jornal, ao que parece não poderia ser melhor, a “operação de charme”, como diz a notícia, teve tanto sucesso entre os alunos que até terá ficado o desejo de uma futura palestra sobre o ingresso no Exército.


A cena aqui relatada, apesar de burlesca, não é nova. Quem já ouviu relatos de jovens que são obrigados a participar no dia da defesa nacional (são 70 mil jovens por ano) com certeza identificou a similitude. Nestes espaços, de verdadeiro aliciamento moral, a discussão sobre o papel do exército em Portugal, nos campos do Afeganistão ou na construção identitária de cada um de nós é coisa que passa longe, muito longe. As promessas de infindas oportunidades e benesses aos jovens que ingressem numa carreira militar, da qual a maioria tem apenas uma imagem caricaturada e cinematográfica, parece fazer caminho apoiando-se num sentimento insuflado de amor à pátria e belicismo extremado.

O nosso campo de combate nesta área é múltiplo. Em 2007 o Bloco apresentou um projecto-lei para acabar com a obrigatoriedade da participação dos jovens no Dia da Defesa Nacional, foi chumbado por todos os outros partidos, é hora de voltar à carga. A organização da contra-cimeira anti-NATO este ano relança o debate sobre o militarismo e as agressões imperialistas, avançar na contra-corrente das representações belicistas e patrióticas será uma das chaves para o seu sucesso. Finalmente, casos, como este de Braga, intensificam a urgência de um movimento estudantil crítico e participativo, capaz de levar para o seio das escolas a discussão de temas como a guerra, criando, pela sua acção e pensamento, um sentimento de internacionalismo solidário, ao mesmo tempo dotando os alunos de uma práctica democrática que lhes permita dizer não a estes engodos militaristas.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

35 anos depois...




Caso Mário Crespo: a vergonhosa justificação de censura!

Quando o único instrumento que voce tem é um martelo, todo problema que aparece voce trata como um prego.*

O caso Mário Crespo atira-nos para uma questão que resvala numa velhinha dicotomia com cheiro de ortodoxia. É o dilema entre o mau e o vilão, pois, se é certo que as declarações de Mário Crespo atingem as proporções de uma bazuca apontada à testa do Sócrates, basta lembrar o lado conservador e quase reaccionário de um comentador, que votaria Mcain com prazer e deleite, para sentirmos uma certa contracção, um quase desconforto em defender quem defende tipos destes. Podemos sempre nos escudar na também velhinha defesa, vinda das profundezas do liberalismo, de uma imprensa livre, leve e solta, do Estado de direito. Eu cá prefiro a defesa de uma liberdade a partir do particular, bem ciente dos constrangimentos, para ir buscar, lá mais à frente, uma liberdade com cheirinho a universalidade. Mas no final das contas é como diz o ditado albanês: mais vale matar dois coelhos de uma cajadada do que deixar um a voar.

*Mark Twain