terça-feira, 15 de setembro de 2009

Barroso pouco unanime apesar do que se diz por ca


Em Portugal, a recandidatura de Barroso a presidente da Comissão Europeia tem sido apresentada como gozando de largo consenso europeu, de onde se excluiriam apenas as faixas extremas do espectro político.

Para dar uma leve ideia do espírito que se viveu hoje no hemiciclo de Strasbourg, aqui vos deixo uns curtos extractos de intervenções de presidentes de grupos políticos que não se situam nos sectores mais à esquerda e mais à direita da sala.

Martin Schulz, presidente do grupo socialista S&D, onde se integram os deputados do Partido Socialista:
Porque é que o apoio ao Sr. é tão polémico no Parlamento e tão unânime no Conselho? Porque esteve sempre ao serviço dos governos, é por isso que há tanto cepticismo relativamente a si. E porque tem uma maioria que inclui opositores ao Tratado de Lisboa.
Não é aceitável que na sua Comissão não se sossegue enquanto não for privatizado até ao último cemitério municipal na Europa...
Porque não apoia que, num determinado local, a trabalho igual terá de corresponder sempre um salário igual, contra aquilo que impuseram os acórdãos dos casos Viking, Laval e outros?
O apoio do meu grupo não o vai ter.




Guy Verhofstadt, presidente do grupo liberal ALDE:
As suas propostas têm pontos de partida errados. É necessária uma nova estratégia comunitária. Por isso, o nosso apoio será condicionado.



Daniel Cohn-Bendit, presidente dos Verdes:
Olhem para ele agora, José Manuel Obama, yes he can, ele pode tudo. Acabou o pequeno Barroso. Atenção Conselho, atenção governos: agora é ele que manda!
Não temos confiança em si. A sua ideologia esteve na base desta crise, não confiamos nela para sair da crise.
Votaremos contra porque achamos que a Europa precisa de mais e melhor do que você.

Roubado ao Renato Soeiro

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