Poderíamos regressar ao século das luzes (XVII) para encontrarmos o fundamento jurídico dos três direitos básicos a que o ser humano tem direito -liberdade, igualdade e felicidade: Tanto nas ideias de Rousseau, Montesquieu, Voltaire, Locke, Diderot e D'Alembert, Descartes, tanto em documentos como a Declaração da Independência dos EUA ou a primeira constituição Francesa (do período revolucionário) … Mas onde se encontra o maior fundamento e coerência é sem dúvida no movimento social Francês: O Povo – camponês, operário, agricultor, artesão -, movia-se pela igualdade pelo fim do privilégio de classe e pela livre opinião, pelo fim da contínua opressão de uma classe privilegiada sobre outra – o Povo.
Senti-me obrigado a fazer esta análise. A verdade é que os tempos mudaram e hoje a questão da igualdade não se coloca meramente à condição de nascimento, que embora ainda aconteça não é tão comum nem aceitável, mas sim às novas realidades, formas de ver o Mundo, a Vida e o Homem.
Por outro lado, não podemos refutar que uma sociedade sem trabalho não se consegue desenvolver, muito menos promover a igualdade: se há um grupo que trabalha e outro que não então não estamos em pé de igualdade de oportunidade…
Mas, ainda sobre igualdade e trabalho há mais que se diga: a propósito das novas questões sociais em discussão na sociedade portuguesa – casamento e adopção homossexual, eutanásia -, importa antes de mais acabar com a hipocrisia do argumento: “com tanto desemprego não nos deveriamos preocupar com o casamento gay e a euntanasia".
Este argumento é totalmente incoerente e estúpido: um governo não se consegue preocupar numa legislatura só com o desemprego porque as suas ares de influência são enormes…
Agora eu pergunto o seguinte: existe algum critério que diga: Por se resolver uma questão de liberdades, direitos e garantias (casamento e adpção homosexual e eutanasia), não se pode resolver as questões do desemprego e do subemprego? Que eu saiba... NÃO! (ponto).
Este argumento está totalmente envolto num preconceito atroz… e é simples: “eu para não mostrar os meus argumentos conservadores e preconceituosos sobre esta matéria aplico o argumento de que há outras prioridades, e dada a relevância dessas novas oportunidades fico com um argumento bem consistente.
Importa então clarificar para que esses manipuladores da razão e do conhecimento humano não nos influenciem.
O Governo está divido em áreas de intervenção – ministérios, que por sua vez têm responsáveis específicos para tratar dos assuntos;
Ou seja combater a discriminação aos homossexuais legalizando o casamento; Dar uma oportunidade de AMOR E FELICIDADE a uma criança órfã por um casal homossexual; Dar a liberdade de viver ou morrer aos doentes em fases terminais sem possibilidade de cura; Não invalidade, em NADA ABSOLUTAMENTE NADA, a implementação de políticas de emprego – de fixação de empresas e serviços, de combate ao trabalho precário…
As políticas de emprego dependem de uma única coisa: delas próprias.
E portanto – afirmo, reafirmo, definido e redefino -, é perfeitamente compatível a implementação de uma política de promoção de liberdade e igualdade aos homossexuais e aos doentes em fase terminal com uma política de emprego, fixação de empresas, combate à precariedade e de diminuição do custo de vida.
Este argumento não passa mais de conservadorismo que quer iludir, com todas as letras, servindo-se naturalmente de uma falácia…
Não nos deixemos enganar: temos a razão no nosso lado!
sábado, 28 de fevereiro de 2009
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