segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

"se houver alguém que não queira: traz outro amigo também"

Vivem-se tempos conturbados, de agitação social e política: a causa da crise financeira, económica e social foi apresentada nua e crua aos povos do Mundo…
Os roubos, escândalos, as redes e as negociatas nas entrelinhas, os pactos entre reguladores e regulados e a hipocrisia de quem não se preocupa um mínimo que seja com a vida dos outros são a principal arma que a esquerda de hoje tem para combater e denunciar um sistema podre que à muito se mostra ineficaz para unir ética e moralmente pessoas, combater desigualdades, promover um desenvolvimento sustentável e promover a paz mundial.

Nunca o podre desse sistema esteve tão visível… e nunca tivemos uma conjuntura de mudança como agora.
Até os ex – defensores dos offshores vêm hoje levantar-se contra eles… não passam de meras intenções (para já), veremos no futuro.

Esta chacina capitalista e imperialista esta em decadência e nunca ouvimos tão boas recepções sociais a termos como “nacionalização” ou “socialismo”. Nunca tivemos uma conjuntura que torna-se tão actual propostas como o imposto sobre as grandes fortunas, o fim do sigilo nas movimentações monetárias, o fim dos offshores ou a nacionalização dos sectores estratégicos e essenciais às pessoas.
Mas perante o clima de contestação que se vive em toda a Europa onde se acenderá o rastilho?

Vemos grandes contestações mas quase todas isoladas sem um fio condutor:

Tivemos a Grécia com estudantes, precários, desempregados a sair às ruas;

Em França temos um movimento de esquerda unitária em greve com adesão da classe trabalhadora;

Temos em Irlanda, mais de cem mil em manifestação e a ameaçar greve;

São estes três grandes exemplos da nova luta que se trava. Uma luta unitária, de estudantes, trabalhadores, desempregados, precários – é esta a nova luta a que a esquerda não fecha nem pode fechar os olhos e é com ela que a nova esquerda cria a refundação de um projecto político capaz de mudar de paradigma social e político que nós vivemos e que nos remete a um futuro negro, cinzento e a fazer de realidades pobreza, as desigualdades, a precarização e a opressão das minorias, realidades que temos de aceitar impávidos, serenos e conformados.
“Calados nos querem, rebeldes nos terão!”

Fuck the capitalism System!

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