quarta-feira, 10 de junho de 2009

Durão chumba em matéria de Ambiente

"Não se pode dizer que tenha sido brilhante a prestação da Comissão Europeia nas mãos de Durão Barroso, de 2004 a 2009. Na verdade, foi “preocupante”. Numa escala com dez valores, Bruxelas só conseguiu uma média de 4,4, numa avaliação em doze sectores feita pela Green 10, plataforma de organizações ambientalistas como a WWF, Greenpeace e Amigos da Terra. O relatório foi apresentado hoje em Bruxelas."

Texto retirado daqui.

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"A melhor nota foi para o Clima (sete valores) e depois para a Energia e Transportes, ambos com seis valores. O cumprimento da legislação europeia e a saúde surgem com cinco valores. A seguir na lista estão, com quatro valores, a agricultura, biodiversidade, orçamento e política de coesão e comércio.

Bruxelas teve pior nota na estratégia de desenvolvimento sustentável (dois valores) e na transparência e recursos naturais (ambos com três valores).

A plataforma responsabiliza pela má nota o fracasso da reforma das políticas da agricultura e pescas e pela incapacidade de avançar com políticas economicamente sustentáveis.

“Ecossistemas saudáveis e a biodiversidade são essenciais para o desenvolvimento das nossas economias. Ainda assim, muita actividade económica continua hoje a poluir e destruir irreversivelmente o Ambiente e a saúde das pessoas”, notou a plataforma, no relatório apresentado hoje. “É urgente que a União Europeia garanta que as suas políticas económicas sejam sustentáveis”.

As organizações lembram que, quando assumiu funções, Durão Barroso “rejeitou explicitamente a ideia de que a UE deveria tentar, ao mesmo tempo, cumprir objectivos económicos e ambientais”, centrando-se no crescimento económico e nos empregos. “As preocupações ambientais e sociais deveriam vir em segundo lugar”. “Apesar do compromisso do comissário para o Ambiente Stavros Dimas, a Comissão perdeu oportunidades para trazer soluções ‘win-win’ para o Ambiente e Economia”, consideraram.

O relatório conclui que Bruxelas negligenciou a protecção da natureza, não conseguiu um financiamento adequado à Rede Natura 2000 e continua a apoiar os organismos geneticamente modificados (OGM).

Mas no final de 2006, a “maré começou a mudar” e Bruxelas passou legislação ambiciosa sobre clima e energia e Barroso “começou a falar em favor de políticas económicas com uma forte base ecológica”. Mas as outras áreas continuaram na obscuridade.

“A Comissão pode até ter algumas das respostas mas ainda está muito aquém no que se refere à sua responsabilidade para nos tirar do caminho da destruição ambiental, colocando-nos no caminho do desenvolvimento sustentável”, concluiu a plataforma.

Ainda assim, há notas positivas, mais concretamente na área do clima, energia e política de transportes.

A plataforma apela à próxima Comissão Europeia para “duplicar este resultado” e apresentar políticas “que beneficiem o ambiente, a saúde das pessoas e criem crescimento económico sustentável e postos de trabalho”."

1 comentários:

David A. da Silva disse...

Isso é muito parcial...Eu sou um activista Ambiental, estudo Engenharia do Ambiente e dediquei a minha vida ao Ambiente. As notas em que chumbaram Durão foram as da aplicação das leis ambientais, responsabilidade essa que cabe aos vários países da União! Mas ainda há notas muito positivas em termos de Clima e Energia, onde aí sim se vê o trabalho da Comissão...

Mas uma coisa eu garanto... esas organizações, e já passei por algumas, são todas fundamentadas por ideologias de esquerda, e que rejeitam qualquer governo de direita, mesmo que este seja activo em questões de Ambiente (caso de Carlos Pimente em Portugal)., o que nos deve ponderar os resultados desta dita "avaliação".