sábado, 9 de maio de 2009

Corina Verde

O que eu preciso mesmo é de um canapé; com rosa Assis e gaivotas, também peixes...com branco manequim e cera-busto virada para o que de mais verde pode haver na luz inteira. O que eu preciso mesmo é de um canapé e não trair-me com as tais perguntas; minha supercoisa!, que até sou moça que recalca a brejeirice de boa cidadã com reflexos pugilistas. O que eu preciso mesmo é de um canapé; que defenda-me o narcisismo a retalho do umbigo e diga-me: só te faz bem...Calma!, que esse mito não presta mesmo que porventura maternize a pintura. O que eu preciso mesmo é de um canapé; pintado por mim, assim em tons de violinos Laurie e da melhor fotografia que guardo no bolso. O que eu preciso mesmo é de um canapé a cantar a partir do sul. Canapé só tu maior que eu pra seres meu espaço; a minha espreguiça demora e vem a pêlo, talvez não. O que eu preciso mesmo é de um canapé; sempre aberto, sempre tinta para fazer de acrobata, é simples!, sujo-me e passo por acrobata. O que eu preciso mesmo é de um canapé; só por um cheiro ímpar em Oslodum; olhar-te e nunca dizer que também quero o My Fair Lady de Byrne e aquela sala 18 no Uffizi, de um magenta-prostituto assassino duvidoso e também bastante sugestivo, a obrigar-me a pensar - entre outras coisas - na melhor posição de um olhar. O que eu preciso mesmo é de um canapé; sem boneca, sem torre de vigia.

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