PUBLICO.PT: "11.01.2009 - 14h32 PÚBLICO
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, que assume as rédeas da Casa Branca dia 20 de Janeiro, reconheceu hoje que o mais provável é que não consiga encerrar o campo de prisioneiros de Guantánamo nos primeiros cem dias da sua presidência."
Agora digam lá... Quem vai ser o inimigo número um da paz e da dignidade no mundo?
Não me parece que os americanos se tenham enganado na escolha do presidente com o velho dizer "do mal, o menos", mas sempre se anunciou e se soube que Obama faz parte do sistema, das regras do capital e das suas necessidades.
Não é difícil compreender que o poder pelo terror resulta. Que manter uma população em permanente medo e sobressalto, resulta como carta branca quando é preciso legitimar acções (guerras) ilegítimas (sendo que na morte de civis inocentes não há lugar ao conceito de legitimidade).
A Grã-Bretanha também provou o sabor da ameaça, Israel é assim que se sustenta.
A tortura dá dinheiro. Dá, pelo menos, poder. E é uma prova de força que estes cães não conseguem deixar de mostrar.
Mas não é só Guantánamo! Bush, certamente com aquele sorriso de horizonte com o sol na cara, pede que Obama pense bem antes de parar com as torturas aplicadas pela CIA.
E ele, fofinho que é, apoiará a continuação de torturas horrendas. Ainda que ele as critique abertamente, eu e a minha bola de cristal não temos assim tanta confiança.
Voltando a Guantánamo...
"Agora que pode estar em vias de ser encerrado, coloca-se o problema de o que fazer aos cerca de 250 presos que se mantêm nas instalações. (...) De acordo com a ONU 40 a 50 detidos não poderão voltar aos países de origem, pois correm o risco de ser mortos."Estamos sempre a brincar... Então houve deles que pediram para ser mortos em vez de torturados. Será que agora se acabarem os interrogatórios brutais, podem ser mortos em casa?
Não me entendam mal... Eu acho que é necessário o Obama e é necessário que ele não ceda a estas pressões, às duas que mais males trouxeram ao mundo. Mas o meu pessimismo cresce com notícias destas.
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